Fonte: Imagem de cromaconceptovisual por Pixabay Então pessoal, já estamos em abril de 2021 e após um processo intenso de quarentenas, de pausa coletiva, enfim, VEIO A VACINA. Contudo, continuamos no meio de uma pandemia global, o covid-19. No artigo de novembro/20, falamos de biomemitismo, tratamos um pouco do choque da pandemia na nossa rotina, qual o cenário que temos, o que refletimos, e o que mudamos durante este período.

E hoje, qual a reflexão que podemos fazer? Mudamos, e houve mudança sim, mesmo que paliativamente, mas mudamos. Estamos com mais plantas, vegetações, flores em casa. O cheiro das habitações mudou, os sons, os movimentos, o tamanho da casa mudou (dimensões são as mesmas), fazemos muito mais em casa, ou menos, as crianças, os animais, os idosos. E a dinâmica da casa?

Passemos a fase de negativismo, e vamos pôr a mão na massa! O que tanto se fala em biofilia?  

Relembrando e resumindo o artigo de biomimetismo, é a grande velha “nova” ideia, pois é a cópia consciente dos grandes gênios da natureza (3,8 bilhões de anos x 30 milhões de espécies) (Prashant Dhawan, 2020) e indo um pouco além a biomimética visa criar condições de vida, e a chave, é o ser humano. Parece complicado ou não?

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Com este alinhamento, partimos para tratar do design biofílico, que na pandemia, veio a tona! Ou já estava aí? Vamos abordar um pouco sobre e como funciona.

O desing biofílico tem como objetivo criar ambientes mais naturais e que proporcionem melhora na saúde e bem-estar. O que a torna mais relevante hoje, com pessoas passando mais tempo reclusas. E porque sentimos esta necessidade? Pelo fato que nosso corpo reage ao ambiente positivamente ou negativamente, nossos sentidos nos levam a sensações de bem estar ou não. Como a biofilia trata de envolver os sentidos, faz parte da arquitetura, e muito mais que função e forma, a biofilia trabalha 3 aspectos

Dimensão, elementos, atributos…  

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No aspecto 1, a dimensão está dividida em duas: Dimensão orgânica e natural, e dimensão baseada no lugar ou vernacular, o espírito do lugar.

No aspecto 2, os elementos estão divididos em seis: características ambientais, formato e formas naturais, luz e espaço, relações baseadas em lugares, relações envolvidas com a natureza humana;

No aspecto 3, os atributos estão divididos em setenta, conforme figura abaixo: padrões naturais e processos (variabilidade sensorial), luz e espaço (luz natural, amplitude, luzes quentes), relacionamento baseado em lugares (geografia conectada ao local, história do local, cultura, ecologia,…), relacionamento evoluído da natureza humana (perspectiva e refúgio, ordem e complexidade, …).

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Fonte da imagem: extraído de @inproceedings {Sayuti2015ASO, title = {A Study of Furniture Design Incorporating Living Organisms with Particular Reference to Biophilic and Emotional Design Criteria}, autor = {Nurul ‘Ayn Ahmad Sayuti and C. Hoyos and E. Bonollo}, ano = {2015} }

Assim como o biomemitismo a biofilia é muito mais visual, então vamos as imagens! 

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Conexão visual com a natureza, a experiência, o espaço proporcional, ótima conexão visual com a natureza parecendo inteira, transmite uma sensação de tempo, clima e outras coisas vivas, em movimento. Evidência o quanto é aprazível, as sensações, entre outros.

E nas imagens abaixo, a conexão com a natureza, acontece no nível de percepção visual do usuário, a experiência, a conexão visual com a natureza é inteira, transmite uma sensação de tempo, clima e todas as coisas vivas, em movimento.

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A conexão da existência, a presença da água como condicionante, cativante, sensação de flutuar, luz, calmo.

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Material/ madeira com conexão com a natureza, proporciona sensação calorosa e autentica. Atrativa, vernacular, busca utilização de materiais existentes e disponíveis no local, reduzindo a extração, corte e movimentação de solo.

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Parece, e é muito simples trabalhar a biofilia na arquitetura, a inserção de elementos naturais, materiais, energias verdes e luz natural, proporcionam a melhora na qualidade de vida, e produzem resultados positivos para a cadeia produtiva:

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Estes índices foram contabilizados em pesquisas realizadas em empresas e seus colaboradores a partir do design biofílico.

Estes dois temas abrem um leque muito grande de oportunidades e opções, tivemos a intenção de pincelar um pouco sobre o assunto, sendo que a Eecoah tem no seu DNA a busca por soluções ecoeficientes, assim alinhamos qualidade de vida, economia e uma maior e melhor sustentabilidade.

Sendo este um assunto múltiplo e diverso, traremos mais abordagens e projetos lindos com estes conceitos e que são mais atuais do que nunca.

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Por fim, deixo umas reflexões:

  • Conseguimos moldar nosso pensamento para criar um futuro com novo hábito mental?
  • O que a natureza faria no nosso lugar?

“a natureza guarda a chave para nossa satisfação estética, intelectual, cognitiva e até espiritual” (E.O. Wilson)

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